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Blog - Ale Toledo

Você já parou para pensar na beleza da morte?



Pode parecer estranha essa pergunta, porque a morte é vista como sofrimento, dor, perda, todos esses sentimentos que trazem desconforto para nós.


Mas por que é que fomos ensinados assim? Por que tanta carga negativa associada à única certeza que temos na vida?


Não seria a hora de começarmos a encarar a morte como um dos momentos mais sublimes? Porque de fato a morte é um encerramento de um ciclo, ela marca o fim da experiência humana nesse planeta, o encerramento de uma jornada espiritual através do corpo físico.


São diversos os fatores que nos levam a querer rejeitar a ideia da morte.


O primeiro deles é a construção de uma personalidade orientada para o produtivismos. Em uma sociedade capitalista baseada no lucro, desde pequenos somos colocados em escolas que não irão nos ensinar a desenvolver nossas potencialidades, mas irão nos preparar para o mercado de trabalho.


E é necessário produzir, ser “bem-sucedido”, ganhar muito dinheiro, ter fama. E para conseguir tudo isso é preciso correr, focar no trabalho e em nada mais. Assim a morte parece uma inimiga que irá tirar tudo o que você (supostamente) conquistou.


O segundo aspecto é o nosso apego, nossa sensação de posse (que também é herança capitalista). Tal apego não se aplica meramente as coisas materiais, mas também aos afetos. Queremos ter as pessoas que gostamos ao nosso lado para sempre e ignoramos que haverá inevitavelmente um dia em que alguém na relação (seja um casal, família, ou amigos) irá partir, e está tudo bem porque isso faz parte do ciclo da vida.


Perdidos nos nossos dilemas cotidianos, vivemos como se não fôssemos morrer. Tomamos por garantido acordar no outro dia de manhã e repetir o mesmo ciclo diário. E nesse devaneio, damos importância demasiada às coisas supérfluas e nos esquecemos de contemplar a beleza da vida.


O maior mistério é justamente saber que vamos morrer, mas não saber quando. É como se você ganhasse passagens com tudo pago para uma ilha paradisíaca, mas não te dissessem quando você tem que voltar, a única coisa que você sabe é que já tem uma passagem de volta comprada, pode ser no outro dia, pode ser dalí um mês ou alguns anos.


Mas a questão é: se você soubesse com certeza absoluta que você iria morrer no final dessa semana, você estaria fazendo o que está fazendo agora? O sentimento de rancor ou raiva que você sente por alguém continuaria o mesmo? Aquele “eu te amo” que você não tem coragem de dizer pro seu pai, mãe ou para o amor da sua vida ainda continuaria engasgado na garganta? O que mudaria com a certeza da morte eminente?


Uma outra questão: o que muda saber que sua morte será em uma semana ou em 60 anos? Você já sabe que ela irá acontecer, então porque não escolher agir HOJE de acordo com o propósito do seu coração?


Viver com a consciência da morte não é deprimir-se ou entrar em um estado de morbidade. Pelo contrário, é reconhecer a beleza de estar aqui e agora, vivenciando todos os aprendizados, compartilhando experiências, dividindo afetos e dando um enorme propósito ao tempo que passamos aqui nesse plano!


Harih Om

 
 
 

1 Comment


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Mar 15, 2021

Obrigado por este texto lindo, que me fez chorar. Não pela morte que na verdade nunca tive medo,mas por não estar aproveitando esta vida como se deve . Amando, perdoando e convivendo . A morte e a única certeza, mas o que estou fazendo com a vida ??? Te amo te amo te amo pra toda eternidade .💙

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